A sombra, o escuro, a noite, as vozes indiferenciadas, os
sons.
Seria música? Palmas, brados, ruídos?
Seria dentro ou fora de mim?
Que som é este que bate dentro do peito?
Batida ritmada de fora pra dentro e que retorna com uma expressão divina de dentro pra fora.
E do Caos nasce a Luz.
Ainda que seja a luz de uma tímida chama.
E sob a Luz se descobre que aqueles sons eram cantigas.
Mas não as cantigas de ninar que conhecemos.
Eram cantigas de acordar.
Acordar do sono, acordar a alma, pra nascer do Caos.
É, esse bebê que outrora nascia ouviu cantigas para acordar.
E a Luz se fez, a
cada passo, a cada tropeço,
A cada riso, a cada lágrima e cada silêncio foi feito de
luz.
Silêncio rompido pelos sons das vozes,
Dos que vieram antes, dos que vieram depois,
Das vozes que falam dentro e fora de mim e que agora me
acompanham vida afora.
E essa luz que brota do Caos, que ilumina o Caos
Nunca mais me permitiu sucumbir às
sombras,
Ainda que eu a reconheça.
De olhos fechados Ela me ensina olhar além.
E assim, nessa vida renascida,
São anos de Caos e Luz.
Desde então deixei de ser sozinha.
Porque eu sou Uma com a Deusa que me tem.
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Nove anos de afetos, desafetos, de descobertas, de família,
de amor e fé.
Nove anos que Sango, Yewa, Omolu e Oxalá, decidiram caminhar
juntos.
E assim vamos!

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