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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Mais uma volta em torno do sol


Escrito em 11/12/2017

Eu ando silenciosa. Dizem que quando Serpente silencia é pra dar um bote, mas às vezes é só pra reunir forças mesmo.
Ontem completei mais uma volta em torno do sol, mais uma primavera. É interessante que apesar do calor, nasci na primavera e eu gosto disso. Sagitariana assumida, apesar de muitos planetas em Virgem, tenho nas relações de afeto uma grande força. As pessoas que amo são uma força importante e as prezo imensamente.
Já há algum tempo venho prezando por ritualizar cada experiência na vida e, neste sentido, ritualizar tem muito mais a ver com estar atenta ao que se sucede à minha volta e poder celebrar cada momento do que outro simbolismo.

Eu sou uma serpente, não é à toa que ali entre parênteses ao lado do meu nome no Facebook eu pus “Najy”, é uma brincadeira, na verdade um trocadilho,  que reúne Nany e Naja. Sendo eu uma serpente que em muitas culturas tem a ver com transformação, minha vida é regida por ciclos. Nessa trajetória de eterna transição há alguns anos meu desafio é me apropriar deles para não ser engolida.

Ritualizar, para mim, é celebrar cada ciclo, seja ele feliz ou um pouco mais desafiador.

Ontem decidi que seria um dia diferente, acordei antes do povo de casa e fui celebrar o sol do dia do meu nascimento, estava lindo, agradeci em prece, as preces que conheço e que estão internalizadas nos meus ciclos. Depois disso, comecei o dia com música e zueira da parte de minha mãe. Fui tb ler cada mensagem que chegava por diversas vias, respirei e senti o abraço em cada um delas.

Bebi cada palavra dirigida a mim, tomei cada segundo que me foi presenteado através da escrita. Li cada coisa boa, cada sentimento bom, em textões, em textinhos, em abraços com poucas palavras fui sentindo cada coisa.

Percebo cada vez mais o quanto toco e sou tocada pela alma dos meus amores, me surpreendi com a intensidade de algumas palavras, na verdade com a reciprocidade do carinho que sinto e nem sempre comunico. Porque eu pareço durona, mas sou uma manteiga derretida. Nós, Centaurinas, usamos o casco como proteção porque o coração é leve e viajante.

É maravilhoso sentir a harmonia de amar e ser amada, compreender que os ciclos se manifestam nisso também. É incrível viver em consonância com nosso coração e ontem foi só isso que senti.

É claro que eu gostaria que todos os meus amigos estivessem comigo, toda a minha família, toda gente que eu amo, mas também aprendi que não se pode ter tudo e amo o que tenho e da forma que tenho. E é tanto amor que acolhe a alma que eu só anotei os nomes dos que não estavam comigo à lápis (hahahahahaha), ou seja, ainda há tempo de se redimir.

Bem, eu queria dizer que sou muito grata por todas as formas de amor que recebo, por cada manifestação de carinho, por cada pessoa que eu tenho nessa vida: minha família, meus amigos e amigas, meus irmãos e irmãs de axé que permanecem aqui, meu amor que hoje é meu amigo querido, minhas queridas Lobas, as amigas que estou conquistando pela estrada acadêmica, as pessoas que conquistei pela escrita, pelos vídeos, por ser quem sou. Me sinto realmente abençoada com a presença de todas as pessoas.

Que no próximo ciclo continuemos juntas/os e que eu possa ter mais de vocês comigo, porque realmente isso é cada vez mais importante pra mim.

Obrigada por deixarem minha vida mais feliz!

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