Da vida temos tudo que desejamos, mas nem todos os desejos são conscientes. às vezes, aquela palavra silenciada, aquela renúncia ou aquele emprenho feroz em caminhos paralelos aos nossos objetivos, são o suficientes para realinhar um destino.
Sim, eu acredito em destino. Mas não esse destino implacável, improrrogável. Acredito em um destino construído por escolhas muito pessoais, apesar de nem sempre serem bem pensadas.
O destino que acredito é escrito e reescrito todos os dias, a cada escolha que fazemos. Sendo assim, nenhum caminho é imutável e nenhuma verdade é absoluta. Talvez seja necessário nos reinventarmos para dar conta daquilo que desejamos ser ou ter em nossas vidas.
Não acredito ser possível felicidade, sucesso, paz e nem mesmo amor sem que abandonemos certa dose de gozo em sermos vítimas do "Mal" do mundo ou das pessoas. Falando assim, parece um pouco duro afirmar que tudo que sofremos começa e termina em nós mesmos, que nada acontece sem que demos permissão a isso.
Nessa vida que levamos, nós esperamos demais dos outros, esperamos coisas que esse "outro" pode não ser capaz de nos dar. Nós nos expomos, não damos limite, nem temos limite e, principalmente, esperamos que a felicidade chegue sem muito esforço próprio.
Se agimos com tanta preguiça da vida, como esperar algo de bom?
Ações e comportamentos enraízam mais nas pessoas e na vida do que palavras. E são os nossos atos que conspiram por nós ou contra nós nos desejos que lançamos ao Universo.
Quando digo isto, fico pensando nos momentos turbulentos que passamos. Nem sempre, na verdade quase nunca, lembramos de todas as palavras ditas pelas pessoas, com todas as suas exclamações e/ou interjeições. Porém, é fácil saber quem esteve ao seu lado e qual a medida de amor que cada um lhe ofereceu. As ações, são sempre as ações que ficam registradas!
Prezamos muito quem está ao nosso lado nos momentos difíceis, mas não dá pra julgar quem não o faz, antes de julgar também é preciso avaliar que tipo de sentimento vínhamos endereçando aquela pessoa. Além disso, cada pessoa tem sua vida, suas prioridades e nem todo mundo compreende a sutileza de um momento delicado.
Nessas horas descobrimos que algumas pessoas são boas para viver, mas há outras com quem é muito bom conviver.
Essa é a síntese de uma série de reflexões que fiz ao longo deste difícil ano. Outro dia me surpreendi agradecendo por tudo que vi e vivi e cada vez mais acredito que assumir a responsabilidade por cada experiência, por mais duro que seja, é a melhor maneira de compreender pra onde nossos desejos nos levam e onde começamos a nos auto-sabotar.
É um final de ciclo, graças à Deusa eu consegui compreender o que se passou. A vida segue e eu estou em paz.
Nany.
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