Aqui, me despeço.
Despeço-me desse ano cheio de experiências
Das dores vividas, das lições aprendidas,
Dos sorrisos mais que sinceros, das pessoas encontradas e
reencontradas.
Das pessoas que perdi e das que nunca mais quero achar.
Despeço-me dessa vida cheia de amarras,
Das prisões da ilusão,
Do engessamento da solidão, da falta de escolhas.
Despeço-me também daquele pensar pequeno, imediato.
Das coisas que fiz e das que deixei de fazer por medo, culpa
ou preguiça.
Despeço-me das atitudes que me prendem ao passado,
Das palavras mal ditas e malditas.
De tudo que me fez mal, mas também do que me fez bem.
Dou adeus a essa vida, ao ano e até a mim mesma,
Já que agora não sou mais aquela, eu simplesmente fui.
Me despeço do apego, da mágoa, da fúria, da tristeza.
Despeço-me das promessas não cumpridas, da espera, do acaso.
Despeço-me e vou adiante, arriscando, ousada, desejosa de
tudo e mais.
Com receio, com frio na barriga,
Acima de tudo, querendo essa boa nova que não me espera, mas
é!
Despeço-me, reúno a bagagem do que ficou de melhor e sigo.
Ao que se foi, que nunca mais volte, ao que ficou que sempre
esteja comigo!
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