Entre a semana das obrigações de Exu, Oxóssi e Ogun em minha casa de santo, tantas emoções diversas.
Dia 22 de abril, foi meu odun, aniversário de santo. Foi dia de agradecer, de lembrar, de reverenciar ao Senhor da minha Justiça, à Senhora do meu corpo e da minha Vida, ao Senhor da Quentura e o Senhor e Pai de tudo que é Branco e Reto... 7 anos! Sete anos e parece que foi ontem.
Colocar a cabeça aos pés dos orixás com os quais renasci, dos orixás que nos viram renascer e daqueles que vi renascer após mim. Colocar a cabeça aos pés da iya, do baba egbé, de meu pai pequeno. Tomar bênção às egbomis que me criaram, as ekejis, as irmãs e irmãos que me criaram, me orientaram, me puxaram as orelhas, que riram e choraram comigo. Congratular com os irmãos e irmãs mais novos com quem pude compartilhar as experiências sobre ser omo orisá. Foi dia de sentir saudade da minha Dofona, de querer apertar meu Fomutinho que não pôde estar presente. Dia de olhar pra dentro e observar as mudanças que Ewá e Ogun possibilitaram em mim e em minha vida.
Foi dia de sentir cheiro de dendê no ar, dia de se abrigar nas palhas, dia de se integrar e pertencer aquilo que me pertence. Foi dia de asé!
Hoje chego em casa e recebo a notícia do falecimento de um primo de minha mãe, alguém que outrora, nos tempos e minha avó, era de convivência estreita conosco, hoje nem tanto, mas os laços se mantiveram os mesmos, a distância foi dada pela vida, o tempo, os compromissos. A irmã dele, nossa prima estava em nossa casa quando recebeu a notícia... Encontrei a prima na esquina, eu chegando da roça, ela indo pro enterro, foi quando eu soube do ocorrido.
Triste, muito triste. Como é fugaz a nossa vida... só pude pensar que, felizmente, tenho algo que me sustenta, tenho uma mãe maravilhosa, tenho uma família extensa, tenho fé que me acolhe. Tenho a certeza de que meu primo, deixou uma semente aqui e foi pra outro plano cuidar daquilo que ele plantou, foi reencontrar nossos outros ancestrais, foi fazer parte de um corpo mais amplo da nossa família. Sentiremos falta, mas morte e vida são uma só coisa. Aprendi isso sendo de asé. E que assim seja!
Awre a tod@s os meus mais velhos!
Olorun modupé a todos os irmãos, irmãs, amigos e amigas que caminham nessa estrada comigo. Que possamos ser sempre, corpo, sangue e alma da mesma árvore que é Oxóssi.
Dia 22 de abril, foi meu odun, aniversário de santo. Foi dia de agradecer, de lembrar, de reverenciar ao Senhor da minha Justiça, à Senhora do meu corpo e da minha Vida, ao Senhor da Quentura e o Senhor e Pai de tudo que é Branco e Reto... 7 anos! Sete anos e parece que foi ontem.
Colocar a cabeça aos pés dos orixás com os quais renasci, dos orixás que nos viram renascer e daqueles que vi renascer após mim. Colocar a cabeça aos pés da iya, do baba egbé, de meu pai pequeno. Tomar bênção às egbomis que me criaram, as ekejis, as irmãs e irmãos que me criaram, me orientaram, me puxaram as orelhas, que riram e choraram comigo. Congratular com os irmãos e irmãs mais novos com quem pude compartilhar as experiências sobre ser omo orisá. Foi dia de sentir saudade da minha Dofona, de querer apertar meu Fomutinho que não pôde estar presente. Dia de olhar pra dentro e observar as mudanças que Ewá e Ogun possibilitaram em mim e em minha vida.
Foi dia de sentir cheiro de dendê no ar, dia de se abrigar nas palhas, dia de se integrar e pertencer aquilo que me pertence. Foi dia de asé!
Hoje chego em casa e recebo a notícia do falecimento de um primo de minha mãe, alguém que outrora, nos tempos e minha avó, era de convivência estreita conosco, hoje nem tanto, mas os laços se mantiveram os mesmos, a distância foi dada pela vida, o tempo, os compromissos. A irmã dele, nossa prima estava em nossa casa quando recebeu a notícia... Encontrei a prima na esquina, eu chegando da roça, ela indo pro enterro, foi quando eu soube do ocorrido.
Triste, muito triste. Como é fugaz a nossa vida... só pude pensar que, felizmente, tenho algo que me sustenta, tenho uma mãe maravilhosa, tenho uma família extensa, tenho fé que me acolhe. Tenho a certeza de que meu primo, deixou uma semente aqui e foi pra outro plano cuidar daquilo que ele plantou, foi reencontrar nossos outros ancestrais, foi fazer parte de um corpo mais amplo da nossa família. Sentiremos falta, mas morte e vida são uma só coisa. Aprendi isso sendo de asé. E que assim seja!
Awre a tod@s os meus mais velhos!
Olorun modupé a todos os irmãos, irmãs, amigos e amigas que caminham nessa estrada comigo. Que possamos ser sempre, corpo, sangue e alma da mesma árvore que é Oxóssi.
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