E amanheceu assim... cheio de nuvens.
E as nuvens me preencheram, me fizeram d’Ela,
Me mostraram fazer parte,
As nuvens falaram em mim.
E assim com o dia, me senti em casa
Senti o fogo que aquele meu corpo e me lembra aquele que
veio primeiro
O fogo, a majestade, a justiça.
Senti a terra, molhada sob meus pés.
A terra que me sustenta, que me fornece provisões, que me
ama e me acolhe.
Senti o ar, que me faz viva, que habita meu corpo, me dá
fôlego e me faz caminhar.
Devagar e Sempre!
Senti meus irmãos aqui, comigo, enlaçados.
Senti, novamente, o axé que nos faz um.
Um barco navegando nos mares da vida.
Porque, enfim, foi o Mar que nos fez vivos novamente.
Senti amor, senti saudade, senti o acolhimento do ventre
sagrado,
O gosto do leite que nos sustenta.
Ouvi novamente as vozes que embalaram as preces pelo nosso
renascimento.
Assim, de manhãzinha, assim, antes do sol nascer, como hoje.
Hoje, ainda que distantes, estamos juntos.
Porque hoje nossos nomes foram gritados no tempo.
Porque hoje é dia de festa e renascimento.
Hoje é dia Deles e Dela!
Ela que me faz ser cada vez mais eu, sendo cada vez mais
Ela.
Com um pouco de dor e sabedoria.
Com o Amor imenso que habita em mim e a inquietude que se
espraia em minhas ações
É dia de oração, de trabalho, de saudade,
Hoje é dia de Fé!
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