Enfim, uma hora seria necessário perceber
É verdade, o amor acabou!
E será que pode existir algo depois do amor?
Será que o amor é mesmo como tantas coisas na vida que tem
começo, meio e fim?
Não sei se amor, assim como a morte, é algo que possa ser
definido.
Definido assim num sentido prático, como quem delimita aqui
começa o amor e ali acaba.
Creio mais que o amor se transforma.
Era uma vez duas pessoas que vivendo suas vidas se conhecem,
se aproximam, descobrem essa ou aquela afinidade, essa ou aquela vontade de
pensar ou compartilhar algo juntas e vão aprendendo a se respeitar, se admirar
e, de repente, não se largam mais.
Algo se transformou, virou um imperativo para estar junto,
um bem querer, uma coisa sem nome misturada com muitas sensações e eis que você
ama.
E a vida acontece, por vezes os sonhos mudam, a cabeça muda,
os demais imperativos mudam e o que era amor volta a se transformar.
Às vezes se transforma em raiva, mágoa, dor e algumas raras
vezes se transforma em amizade.
Mas acho que a prerrogativa do amor é se transformar, sempre!
Às vezes se transforma em saudade.
E a saudade pode ser a escolha de guardar no coração os
melhores momentos de um amor antigo.
E assim foi... Não há mais motivos pra brigar por isso, a
vida é como é.
Tem dias que a gente sente mais, eu sinto sempre, mas quem
ama, sempre deixa o outro seguir rumo a sua felicidade.
O bem querer sempre permanece, mesmo quando a gente fica no
caminho.
Então, vai amor, seja feliz!
Eu continuo te amando nas lembranças que tenho de ti.
Um hora a gente se encontra e dá outro nome pra esse
sentimento.
Porque sim, o amor nunca morre, ele se transforma.
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