
Gostei muito do filme, e acho que a trama do Besouro estava bem dentro da trajetória dos heróis nos mitos, é sempre um caminho cheio de tragédias e intervenções divinas, seja através de oráculos ou da intervenção direta da divindades, vide as tragédias gregas...
Creio que a proposta não era o herói ser um mocinho, mas um ser humano com dúvidas que transcende a isso a partir de uma trajetória marcada por um encontro espiritual.
Amei a representatividade dos orixás, que estavam presentes não só corporificados, mas tb em outros elementos da cultura religiosa afro-brasileira, por exemplo, a borboleta representando Iansã qdo o mestre Alípio morre e é levado para floresta, estradas de barro que tb demonstram a presença de Esu, Ossain não só no momento da cura, mas tb nessa introspecção que Besouro se coloca na mata, no meio das folhas, o filme tb é metafórico e não podemos esquecer, é um filme, sobre a vida de alguém preenchido com o mito e o encanto da religiosidade.
Para mim, q observei detalhes e metáforas, o filme cumpriu e muito a finalidade, além de ter sido espetacular, sentir a sala lotada de gente de todo tipo, assistindo algo sobre a cultura do negro brasileiro, só por isso, já valeria e, muito!
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