Hoje foi um dia de muita saudade e acabei voltando aqui neste espaço, que nem é mais tão usual, mas fiquei saudosa de um tempo em que digitar aqui as palavras que dançam em minha mente aliviavam a alma.
Senti saudade de tudo, das pessoas daquele tempo, da alegria que vivia em mim, do amor que tinha pelo homem da minha vida, senti mesmo saudade de mim. Do meu olho cheio de esperança, de um certo cheiro de cigarro misturado com bala Halls, mesmo que eu odiasse cigarro, senti saudade do meu corpo mais forte e com mais colágeno, saudade da minha ingenuidade, das noites mal dormidas, das borboletas no estômago, da correria agoniada, dos suspiros, dos sorrisos, mas, sobretudo, senti saudade de mim.
Saudades dos sonhos que eu acreditava que iam se realizar, saudades de fazer planos de viagem e de vida, saudade da confiança que eu sentia na sorte e no amanhã.
Muitas saudades. Saudade que tem nome, mas não tem mais endereço. Saudade do que foi embora e não teve chance de se concretizar. Só saudade.
Tanta saudade que vim aqui, nesse blog, onde ninguém mais escreve, nem segue, só pra registrar e esquecer da saudade.
E é isso! Vim escrever sobre a saudade de ter, de ser, para quem sabe, deixar partir e seguir.
Coisa que só entende quem sente saudade e eu sinto, muita.
Um comentário:
Me emocionei com a profundidade do que vc escreveu e sentiu. Talvez por me ter me reconhecido nesse lugar, mesmo com um ou outro elemento diferente.
A escrita é realmente terapêutica. E a leitura do outro também pode ser, pra quem tem olhos de ver. Obrigada por compartilhar suas saudades.
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